As minhas partes no texto de Cátia Bruno do Observador e que podem ler, na íntegra, acedendo aqui::

«“O nome de José Eduardo dos Santos vai ser invocado desde o primeiro minuto da campanha”, sentencia Eugénio Costa Almeida, investigador do ISCTE especializado na política angolana. “E não apenas pelo MPLA. Vai ser invocado por todas as forças políticas, incluindo a oposição, e provavelmente por familiares como Tchizé, que tem sido das mais arrivistas quanto à situação de saúde do pai.”


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“Para uns, caiu mal, porque há toda uma logística enorme que é posta em causa e assim inviabiliza-se a atenção que alguma comunicação social daria ao comício”, diz Costa Almeida, referindo-se ao MPLA. “Para outros, é uma bênção.”
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segundo Eugénio Costa Almeida, já que “as coisas estão muito quentes neste momento”. “A UNITA vai ser um pouco contida oficialmente [em relação a JES]. Agora, individualmente, poderá haver alguns militantes que se excedam durante a campanha eleitoral”, avisa o académico.
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Eugénio Costa Almeida, contudo, desvaloriza o desafio apresentado pela UNITA. “Vamos ser honestos: eles não têm qualquer hipótese. Não vou dizer que vai haver fraude, mas… Haverá certamente quem vá tentar gerir as coisas à sua vontade. Não há sequer observadores eleitorais que não sejam afetos a uma das partes”, aponta o investigador do ISCTE. “O que não significa que o MPLA não vá perder muito face ao que teve noutras eleições, porque vai.” O académico, porém, diz que a dúvida não é se o MPLA vence, mas sim se terá maioria absoluta ou relativa. “Está tudo em aberto. E, agora, com a morte de José Eduardo dos Santos, está ainda mais”, avisa.»

Análise concedida à jornalista Cátia Bruno da rádio Observador, e publicada no sportal desta rádio em 08.Julho.2022 (quem tiver assinatura pode aceder ao portal do Observador)

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