Kumba Ialá mostrou uma vontade inequívoca de completar os dois anos que lhe faltam para o término da sua Presidência.
Surpresa?
Só para quem não ponderou o acórdão do Supremo Tribunal de Justiça da Guiné-Bissau e o resultado que ele encerrou.
Ou seja, a derrogação do despacho da Carta de Renúncia de Kumba Ialá no período que mediou entre o Golpe de 14 de Setembro e a assinatura da Carta de Transição assinada entre os militares revoltos e as principais figuras políticas do país.
E agora? Qual será a reacção da elite castrense?
Uma vez mais a Guiné-Bissau esta sob a tensão do que os militares irão perpetrar.
E a Comunidade Internacional com irá, desta vez, reagir?
Será altura desta realmente com pragmatismo.
Publicado no "Jornal de Notícias", “Comentário”, de 17.Mai.2005, pág. 22