Para Eugénio Costa Almeida, investigador do Centro de Estudos Internacionais (CEI-IUL) do ISCTE-IUL, o novo programa de privatizações lançado em Luanda demonstra a vontade do Presidente João Lourenço em alterar a actual situação económica e financeira de Angola. Em declarações por escrito, defende que deve haver uma fatia do capital reservada para os angolanos.
O que irá marcar mais este programa de privatizações? A transparência com que for conduzido?
À partida parece-me que é o facto do ProPriv apresentar um plano real e efectivo de empresas a privatizar e não, como estávamos habituados, um mero instrumento vago e sem sentido sobre o que seria intenções governativas. Depois porque o ProPriv poderá transmitir uma vontade inequívoca do Governo e do presidente João Lourenço em alterar a actual situação económica e financeiro do País, não só dinamizando-a, como, e principalmente tendo em conta as linhas orientadoras do Banco Mundial e do FMI, procurar retirar da alçada pública empresas que, na maioria dos casos, apesar do que poderiam dar ao País, estão deficitárias e mal geridas. Mas porque são empresas que podem dar mais-valias ao País e ao erário público, c7ompreende-se que as mesmas sejam colocadas no “leilão de privatizações”.7
Entrevista publicada no jornal Público, em 27.Ago.2019, página 23 (só 3 perguntas – título: «“Transparência será o mote principal para uma boa receptividade às privatizações”») e no portal (na íntegra), mesmo dia e com o título «“Transparência tem de ser muito bem acautelada nas privatizações”»: (pode aceder ao pdf da publicação escrita aqui)